
Sofro na Inquietude de fazer sofrer
Os meus passos erram...
E o pensamento tarda em se conter.
Elevam-se recordações, o passado, a ironia...
o abismo da memória no qual me precipito
e me encarcera o corpo que jaz em apatia.
Se foi o desejo que há tanto nos uniu
E de uma acesa fogueira se desvaneceu
resta a saudade do amor que se extinguiu
como cinza...da nossa combustão que ardeu!
Sofro por te ver sofrer
num pranto infinito repleto de dor...
Mas se já nada temos para dar e receber
Façamos as malas e digamos, por fim:
Adeus, meu Amor!
Imagem:Metamorphosis of Narcissus,
Salvador Dalí, 1937
Texto:Adeus, meu Amor, Bernardete Gomes,2007
6 comments:
"Sofro na inquietude de fazer sofrer...Sofro por te ver sofrer num pranto infinito repeleto de dor...", é como ficar presa às dores da outra pessoa, e é por isso que tão dificilmente conseguimos por vezes andar para à frente.
O poema está lindo, quero mais e mais.. beijo minha linda.
Comovo-me com as tuas palavras....
Sabes bem como sou! Ou 8 ou 80! Produção Literária só na melancolia ou na euforia...ñ há inspiração nos meios termos!!!
Sim, bem sei...
Beijo
escreves como ninguém minha querida...faço das tuas as minhas palavras de amor...para alguém que já partiu e eu ainda nem sequer me despedi!
beijinho
psssst, ei! pssst...então minha menina? e que tal outro post????quero mais!!!;)
beijinho
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