
Reflicto a minha imagem no espelho.Tento esboçar um sorriso e escapa-se uma lágrima que ali,só ,na minha pálpebra, há já muito me pedia para se libertar...Ignorei-a,disse-lhe que um dia a deixava seguir o seu caminho, aprisioneia-a e ela acabou por me abandonar.
Os sorrisos,esses,são demasiado tímidos para verdadeiramente se evidenciarem. Lá,de quando a quando,em silêncio,provocados pelo pensamento que por vezes os cobiça,emergem como um raio de esperança iluminando-me o rosto,para logo numa pequena ruga,sua recente moradia, se refugiarem.
Os lábios,outrora vistosos,ousados e quentes, quietos,impávidos e serenos agora permanecem...e não fosse o batôm que os ruboriza e os impede de neste conjunto amorfo se camuflarem,ha muito que ja haviam se desbotado com a sua ineficiência mordaz.
Agora o meu Olhar...olhos meus que tanto observam,tanto ambicionam,tanto esperam....
Venham Sóis que despertem o brilho do teu contemplar,que no chão que piso os teus desejos presencie, que não hajam águas que demovam o que possas antever nem ventos tempestuosos de areia as minhas imagens cegar.
Das variadíssimas emoções que possas conceber:brotem lágrimas,neguem-se sorrisos,revelem-se rugas... mas Olhar Meu,regojizado ou em desalento, jamais deixes este Mundo de estimar!
No comments:
Post a Comment